Ter a mesma atitude sempre faz com que tenhamos o mesmo resultado no final

Na última quarta-feira, 7, o Conselho das Entidades de Blumenau, que é formado pela Acib, CDL, Ampe, OAB e Somar, enviou uma carta oficial para o prefeito de Blumenau, Egídio Ferrari (PL), mostrando que são contra o aumento de 15,9% da tarifa do esgoto, que passou a vigorar em abril deste ano.

As entidades, que inclusive incluíram no documento um parecer técnico feito pela Comissão Especial Temporária da OAB de Blumenau, pedem que Egídio suspenda o aumento até que haja a revisão do Plano Municipal de Saneamento com as realizações de consultas públicas em Blumenau.

Pedro Cascaes Neto, presidente da OAB de Blumenau, chegou a dizer que o parecer técnico feito pela entidade mostrou a necessidade da revisão do atual modelo de aumentos e que se consiga achar um equilíbrio do valor cobrado com o custo da prestação dos serviços.

Pois bem, eu sou do tempo em que entidades como a Acib, quando intervinham em alguma questão do município, a Prefeitura de Blumenau e a Câmara de Vereadores ficavam de orelha baixa, pois sabiam que a classe empresarial tinha força e não admitia o descompasso do que era cobrado com o que era oferecido pela administração pública.

Hoje parece que as diversas entidades de Blumenau preferem enviar requerimentos e fazer notas de repúdio para mostrarem que são contra diversas coisas, mas efetivamente não peitam os políticos e tomam atitudes mais enérgicas, principalmente contra serviços mal prestados pela administração pública, como a coleta de esgoto, o transporte coletivo e o fornecimento de água.

Em 2024, a Câmara de Vereadores de Blumenau aprovou como quis os novos benefícios para os vereadores e ninguém sequer entrou na justiça para tentar barrar o aumento do salário dos vereadores, a concessão do vale alimentação, o aumento de cargos comissionados e tudo mais que acabou aumentando o gasto público por lá.

Não dá mais para usar apenas o juridiquês e cartas escritas com palavras bonitas para pedir que o prefeito de Blumenau, seja ele quem for, reflita sobre os diversos aumentos de taxas que a cada ano oneram mais e mais o morados da cidade, sem que o salário caminhe junto com esses aumentos.

Tá na hora de deixarem de lado a conversa boa e respeitosa para partirem para o enfrentamento contra políticos que hoje se servem da administração pública ao invés de servirem o pagador de impostos.

As entidades precisam novamente voltar a ter força junto ao poder público para que excessos não sejam mais aceitos e que a administração, se quiser aumentar o faturamento do caixa, corte na própria carne, pois sabemos que muitos políticos têm seus cabos eleitorais, que em sua maioria sequer tem conhecimento do cargo que ocupam, ocupando espaço na folha de pagamento da Prefeitura pagos com dinheiro que deveria ser investido na cidade.

Político nenhum gosta de ser pressionado, mas hoje eles perambulam livres pelos corredores da administração pública como se fosse donos da cidade. Então caberá aos empresários mostrarem para essa gente que esse tipo de conduta não é justo e nem aceitável e que podem colocar a opinião pública contra eles se insistirem em se servir do que nunca lhes pertenceu.

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