O primeiro dia de fúria que Egídio Ferrari terá que enfrentar na Prefeitura de Blumenau

A Prefeitura de Blumenau informa que alguns serviços públicos foram prejudicados por conta da paralisação dos servidores municipais.

As áreas de saúde e educação são as mais afetadas. Serão 27 unidades de saúde fechadas, 25 unidades de saúde com atendimento parcial, 33 CEIs fechados, 33 CEIs com atendimento parcial, 20 escolas fechadas e 14 escolas com atendimento parcial.

Mesmo quem não se interessa pela reinvindicação dos servidores municipais, acaba atingido e isso gera, especialmente para o prefeito Egídio Ferrari (PL), um desgaste político imensurável.

Essa paralisação, somada com a CPI do Esgoto que vai acontecer na Câmara de Vereadores, cria uma desconfiança com a atual administração que passa pela sua primeira prova de fogo na cidade.

Os fechamentos das Unidades de Saúde e dos CEIs servirão de termômetro para ver o quanto a Prefeitura de Blumenau tem ou não crédito com a população. Pode ser que o Sintraseb leve a maior culpa e faça com que o prefeito de Blumenau saia deste dia não como o principal responsável.

Vale lembrar que em março deste ano a Prefeitura de Blumenau conseguiu aprovar na Câmara de Vereadores o projeto que mudou a forma da escolha do presidente do ISSBLU (Instituto Municipal de Seguridade Social do Servidor de Blumenau).

Antes o presidente era escolhido por um colegiado de 9 membros, entre representantes dos servidores e da administração municipal, mas com o novo projeto, quem indicará o próximo presidente do Instituto será o prefeito de Blumenau.

Na semana passada a Prefeitura de Blumenau anunciou um reajuste de 5,32%, que nada mais é do que a reposição da inflação dos últimos 12. A Secretaria de Finanças cogita também reajustar o vale alimentação dos funcionários, mas tudo deve ser definido mesmo na negociação com o Sintraseb.

Fato é que o prefeito Egídio tenta se livrar dos ranços da administração do ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL), mas esbarra naqueles que insistem em se servir do público e que não querem de jeito nenhum perder o espaço conquistado na Prefeitura de Blumenau.

O erro do atual prefeito é querer contemporizar com o seu grupo político para não perder apoio na Câmara e nem prejudicar futuros candidatos que vão se lançar em 2026. Um chute no balde poderia também prejudicar a reeleição de Jorginho Mello e, consequentemente, afastá-lo das verbas do Governo do Estado.

É uma sinuca de bico, pois Egídio tem que manter a imagem de homem justo e honesto construída como delegado e ao mesmo tempo não pode romper de vez com as práticas herdadas da administração anterior. Mas se quiser se manter vivo, mais cedo ou mais tarde terá que decidir qual caminho seguirá.

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