Vereadores de Joinville propõem adotar modelo de Chapecó para enfrentar situação de rua

Para tentar frear o crescimento da população em situação de rua, vereadores de Joinville sugerem implementar um programa inspirado no modelo de Chapecó, que, segundo a Comissão Especial, reduziu em 88% a população de rua na cidade.

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), liderou ações que incluem internações assistidas, reinserção socioeconômica e parcerias com comunidades terapêuticas.

A proposta em Joinville prevê internações voluntárias e involuntárias, transição para cuidados continuados, frentes de trabalho remuneradas e monitoramento rigoroso dos resultados.

A iniciativa busca replicar o sucesso de Chapecó, adaptando as estratégias para a realidade local, com o objetivo de oferecer soluções eficazes e humanas para a população em situação de rua.

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais divulgado em janeiro deste ano apontou que a população de rua em Santa Catarina quase dobrou em dois anos, passando de 5.678 mil em 2021 para 9.989 em 2023.

Os dados são do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua. A maiores cidades contribuem significativamente com esse aumento, mas o que chama a atenção é que Chapecó foi a única entre as cidades catarinenses com mais de 200 mil habitantes que não aparece no ranking das dez cidades com mais moradores de rua

Neste mesmo período, segundo o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, a sua cidade teve redução desses números, passando de 416 em 2021 para 48 moradores de rua no ano de 2023.

A Prefeitura diz que essa redução é reflexo da ação de Internamento Involuntário, dentro do Programa Mão Amiga, que foi lançado 2022, após o recebimento de vários pedidos de famílias que sofriam com filhos e irmãos que estavam em dependência química e viviam na rua.

“Nós envolvemos a secretaria de Assistência Social na época, a secretaria de Saúde, Guarda Municipal e outras Forças de Segurança, abordando quem estava na rua e oferecendo tratamento em clínicas de saúde e comunidades terapêuticas. Foi uma das prioridades da gestão e conseguimos bons resultados, com o retorno de muitos para o convívio familiar e para um emprego”, disse João Rodrigues.

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