Um livro com as digitais da administração anterior

No dia 9 de abril publique que a advogada Rosane Magaly Martins (Psol) tinha entrado com duas ações, uma na 14ª Promotoria de Justiça de Blumenau e outra no Tribunal de Conta de Santa Catarina, pedindo que fosse investigado como aconteceu a publicação do livro “Blumenau, o Brasil de uma alma europeia”.

No pedido dela, que foi protocolado no dia 28 de março deste ano, mostra que foram impressos 400 exemplares com um custo total de R$ 434 mil. Ou seja, cada livro custou para a Prefeitura de Blumenau o valor de R$ 1.085, o que, para Rosane, “há graves irregularidades na contratação, elaboração e impressão”.

O promotor de justiça Marcionei Mendes intimou a atual administração para saber não só de onde vieram os recursos para o pagamento do livro, mas também para saber onde foram parar todos os exemplares.

A administração do prefeito Egídio Ferrari (PL) fez questão de enfatizar que tudo foi feito na administração do ex-prefeito Mário Hildebrandt e que os recursos vieram da Fundação Promotora de Eventos de Blumenau (Proeb) e da Secretaria de Comunicação Social.

A atual administração informou também que, quando assumiu, tinha apenas 30 exemplares na Prefeitura de Blumenau, o que se presume que a gestão de Mário Hildebrandt tenha distribuído 370 livros em pouco mais de 15 dias do mês de dezembro de 2024.

Descobriu-se também que a agência de publicidade da gestão de Hildebrandt, que é a mesma da atual administração, recebeu 15% do valor total (R$ 65.100,00) pela intermediação da produção dos exemplares.

Diante de tudo isso que já se descobriu, resta concluir que quem deve dar as devidas explicações são membros da administração do prefeito Mário que comandavam as secretarias citadas na resposta da Prefeitura de Blumenau para a Justiça.

Alguns, hoje, estão em cargos no Governo de Jorginho Mello (PL) e outros estão em outras Prefeituras, em orgãos de regulação pública e até na iniciativa privada.

independente de onde estejam, precisamos saber onde foram parar 370 livros que tem um valor comparado com o exemplar para colecionador da trilogia Senhor dos Anéis. Obviamente que o livro da Prefeitura de Blumenau não pode ser comparado com esse tipo de obra.

Vamos ver se a Justiça realmente vai desvendar todas essas dúvidas para o pagador de impostos e quando os responsáveis serão ouvidos, pois o livro ficou caro demais e nenhum morador de Blumenau teve sequer a possibilidade de vê-lo de perto.

Vale lembrar que Mário Hildebrandt quer ser candidato a deputado estadual em 2026 e seria bom resolver esse problema antes para não deixar o eleitor do Vale do Itajaí com mais uma dúvida da sua administração.

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