Na semana passada a Câmara de Vereadores autorizou o prefeito de Blumenau, Egídio Ferrari (PL), a acompanhar o governador Jorginho Mello (PL) numa missão oficial na Ásia entre os dias 13 e 25 deste mês.
No período em que Egídio estiver no Japão e na China a administração do Governo Municipal ficará sob o comando da vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB).
Oficialmente, o prefeito e o governador terão compromissos institucionais nos dois países com foco no fortalecimento de parcerias estratégicas, como das áreas de tecnologia e agricultura.
Egídio Ferrari pretende conversar com empresários internacionais para mostrar o que Blumenau pode oferecer para atrair novos investimentos para a cidade.
Segundo o prefeito, ele vai se reunir com especialistas da Cooperação Internacional do Japão (Jica), que já desenvolve projetos importantes na nossa região, e está confiante de que as novas parcerias que poderão surgir nos encontros possam ajudar no desenvolvimento sustentável de Blumenau.
Mas essa viagem também será a oportunidade de o governador Jorginho Mello conversar com Egídio Ferrari sobre a sua campanha de reeleição de 2026.
Não é segredo para ninguém que Egídio só é prefeito de Blumenau por causa do trabalho político feito em 2024 pelo governador. Ferrari já tinha tudo acertado para ser o candidato do MDB na eleição do ano passado, mas João Paulo Kleinubing (PL) e Jorginho Mello articularam para que o ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL) colocasse o delegado como o candidato da sua administração.
Então, chegou a hora de cobrar para que o prefeito de Blumenau comece a trabalhar o nome de Jorginho Mello no Vale do Itajaí para garantir o maior número de voto para ele na eleição do ano que vem.
A grande preocupação é o avanço do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), no eleitorado local. Rodrigues é um prefeito que tem boa aceitação entre os moradores do Vale do Itajaí e tem também um grupo político forte que pode igualar as forças com Jorginho Mello em 2026.
IMAGEM ARRANHADA
O PL local não é visto como um partido bolsonarista por não ter nenhum político que esteja totalmente alinhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Não só Egídio Ferrari, como também o secretário estadual Mário Hildebrandt, o deputado estadual Ivan Naatz e o diretor do BRDE, João Paulo Kleinubing, são vistos pela ala bolsonarista do PL catarinense como intrusos no partido por apenas estarem no partido para se beneficiarem da imagem do ex-presidente.
Além do mais, Egídio mostra que não pretende ter a sua imagem colada ao ex-prefeito Mário, tanto que tem deixado claro a cisão entre a administração anterior e a sua muito por conta dos problemas graves que encontrou dentro da Prefeitura de Blumenau.
Diante deste cenário, Jorginho Mello pretende que o prefeito de Blumenau comece o trabalho de divulgação das suas ações para que ele seja visto como um governador parceiro das cidades da região. Esse trabalho também deve envolver outros prefeitos, como o de Gaspar, Paulo Koerich (PL); o de Indaial, Silvio Cessar da Silva (PL); de Timbó, Flávio Buzzi (PL); e também o de Pomerode, Rafael Ramthun (PL).
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