Antídio Lunelli justifica a fala de Jorginho Mello em querer separar o sul do Brasil

“Queremos que o Brasil olhe para Santa Catarina e veja que dá para fazer diferente. E melhor”, disse o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB). Ele diz também que o sistema atual “premia o fracasso e pune quem trabalha”, defendendo Santa Catarina como exemplo a ser seguido pelo país.

Antídio entende que Santa Catarina está farta de sustentar um sistema que premia a ineficiência e penaliza quem produz. As críticas aos programas assistenciais do Governo Lula foram ditas em discurso feito nesta terça-feira, 17, na tribuna da Assembleia Legislativa.

Ele voltou a criticar a condução do governo federal e a distribuição desigual dos recursos públicos. “Muitos catarinenses, e eu me incluo, já disseram: às vezes dá vontade de separar nosso Estado do restante do país. E não é por falta de amor ao Brasil. É por revolta com o que Brasília tem feito com esse país maravilhoso”.

O deputado reforçou a fala recente do governador Jorginho Mello, que, em tom de desabafo, sugeriu que os estados do Sul poderiam “passar uma trena” e se tornar independentes. Para Lunelli, a frase reflete o cansaço da população diante de um sistema que, segundo ele, virou o Brasil do avesso. “É o Brasil do contra: penaliza quem dá certo para sustentar o que dá errado”, resumiu.

Apesar das críticas, o parlamentar fez questão de destacar que Santa Catarina não quer se isolar, mas sim inspirar. “Nosso papel não é virar as costas ao país, e sim mostrar que existe outro caminho. Queremos que o Brasil olhe para Santa Catarina e veja que dá para fazer diferente. E melhor”.

O deputado também valorizou o protagonismo dos catarinenses. Citou o trabalho dos bombeiros voluntários, a cultura da solidariedade e o envolvimento direto da população em áreas como saúde e educação. “Aqui, o povo não cruza os braços. Aqui, todo mundo põe a mão na massa. É mais união e menos omissão. E é isso que faz de Santa Catarina uma referência para o Brasil”.

Lunelli mostrou dados em que Santa Catarina se destaca. Segundo ele, somos a 2ª menor taxa de desemprego do Brasil; 25% de informalidade no mercado de trabalho contra 40% na média nacional; apenas 4,4% dos domicílios dependem do Bolsa Família enquanto o Brasil tem uma taxa de 18,7%; e uma das menores taxas de homicídio do país por conta dos investimentos na segurança.

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