Três membros do PSB catarinense denunciaram o presidente estadual do partido no MPSC

No último dia 12 de junho o colunista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, publicou na sua coluna uma notícia que envolve o PSB de Santa Catarina.

Segundo a nota, Rodrigo Bornholdt (Joinville), Gelson Luiz de Albuquerque (Florianópolis) e o ex-prefeito Jaílson Lima da Silva (Rio do Sul) deram entrada com uma notícia-crime no Tribunal Regional Eleitoral do Estado contra o presidente estadual do PSB catarinense, Israel Rocha.

Segundo os denunciantes, Rocha supostamente teria desviado recursos do Fundo Eleitoral na eleição de 2024, que deveria ter sido destinado aos candidatos do partido.

Diante dessa denúncia, lideranças socialistas já começam a se movimentar para afastar Israel Rocha do comando do partido, pois entendem que a permanência dele no cargo, pode contaminar o projeto de renovação política liderado por João Campos, que é o atual prefeito de Recife (PE).

O documento com as acusações, que foi enviado para o Ministério Público, inclui apropriação indébita, falsidade ideológica e até estelionato. Um trecho da peça processual diz que “devido à obtenção de vantagens indevidas mediante fraude; e o crime de falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), dada a possível omissão de informações e preenchimento indevido de recibos em branco, induzindo a erro a administração pública e os demais candidatos”.

De acordo com Rodrigo, Gelson e Jaílson, o PSB Estadual recebeu do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) a quantia de R$ 1 milhão de reais, que deveriam ser destinados ao financiamento de campanhas municipais em Santa Catarina.

Dizem que que o valor deveria ser distribuído de forma justa entre as candidaturas nos municípios onde o partido possui representação. “Ocorre que a análise da prestação de contas eleitorais de 2024 do Diretório Estadual do PSB em Santa Catarina revelou que apenas R$ 191.612,21, equivalentes a 19,16% do valor total recebido pelo partido em Santa Catarina, foram efetivamente destinados aos candidatos. Ou seja, menos de 20% do montante chegou, efetivamente, à destinação principal. Além disso, a distribuição dos recursos ocorreu de forma desigual e concentrada no Município de Garopaba”, destacou a denúncia.

Os denunciantes também afirmam que em Florianópolis, cada candidato a vereador teria recebido apenas R$ 1 mil para suas campanhas.

Israel Rocha nega todas as acusações dizendo que seguiu rigorosamente a legislação eleitoral. Ele declarou que a prestação de contas do partido foi feita com total transparência e que está à disposição da Justiça para esclarecimentos. Rocha também diz que a transparência é um valor fundamental em sua trajetória política.

Acompanhe

Entre em nosso grupo do Whatsapp e nos siga em nossas redes

Patrocinadores