Mesmo há 459 dias da eleição estadual de 2026, o governador Jorginho Mello (PL) já tinha decidido que a deputada federal Caroline de Toni (PL) seria a sua candidata ao Senado na eleição do ano que vem.
Jorginho tinha decidido também que a segunda vaga para o Senado da sua coligação seria dada a um partido parceiro. A ala bolsonarista do PL catarinense chiou e o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu intervir e mudar tudo.
O governador de Santa Catarina chegou a dizer que seria ele que decidiria tudo, mas Jair Bolsonaro vem afirmando que seu filho Carlos Bolsonaro será candidato a senador aqui no Estado.
Mesmo sendo o Estado mais bolsonarista do Brasil, a classe política e a maioria do eleitorado catarinense não gostou de como tudo vem sendo conduzido e não aceita essa imposição. Todos acham que Bolsonaro está usando Santa Catarina para perpetuar o seu clã só porque não conseguiu emplacar o seu filho como candidato em São Paulo.
Bolsonaro já fez isso em 2022 com o então candidato a senador Jorge Seif, mas como ele, mesmo sendo carioca, era morador de Itajaí, acabou sendo eleito com uma grande quantidade de voto. Só que isso pode não acontecer em 2026 com Carlos Bolsonaro, pois há 21 anos ele é vereador no Rio de Janeiro e nunca teve qualquer ligação com os catarinenses.
O segundo problema é que Caroline de Toni pode não ser mais a candidata ao Senado e ter que buscar a reeleição no próximo ano. Segundo membros do PL, ela só será candidata ao Senado se Jorge Seif for cassado num processo que se arrasta a mais de um ano.
Mesmo assim, ainda não há a certeza se haverá uma nova eleição para a escolha do novo Senador, pois a coligação do ex-governador Raimundo Colombo (PSD), que foi quem entrou com a ação, quer que ele fique no cargo por ter ficado na segunda colocação.
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