Nesta quarta-feira, 2, o presidente do Grupo ND, mas antes de tudo o cidadão catarinense Marcelo Petrelli, postou um artigo falando muito do que nós catarinenses gostaríamos de dizer para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que insiste em querer colocar seus filhos Carlos e Jair Renan goela abaixo do eleitor daqui como candidatos ao Senado e a deputado federal por Santa Catarina.
Marcelo Petrelli diz que “somos um Estado que deu certo, orgulho para quem aqui vive e trabalha”, pois é um pedaço do Brasil que tem história, identidade e altivez. “É um Estado de excelência, com bons indicadores sociais, econômicos e culturais, fruto de uma construção geracional com identidade própria”.
Então, é fato que Petrelli fala por ele e pela maioria dos empresários que até hoje confiaram nos nossos governantes e não pretendem ser barriga de aluguel de um “projeto político familiar de Jair Bolsonaro, tampouco trampolim de estratégias que tratam o eleitor catarinense como massa de manobra”.
Concordamos com ele que o catarinense sempre esteve “alinhado com as ideias e valores que levaram o ex-presidente ao poder” e que é inegável o trabalho feito por Bolsonaro em resgatar valores que estavam sendo esquecidos pela classe política.
Mas Petrelli diz que “os eleitores catarinenses são críticos e atentos” e que “tem autonomia e inteligência diante das urnas”, pois não vota por cabresto e não aceita tutelas.
Lembramos que Santa Catarina é o Estado mais aberto do país e que mais recebeu migrantes nos últimos cinco anos, acolhendo venezuelanos, haitianos, argentinos e outros povos que aqui encontram emprego, dignidade e oportunidades.
Petrelli lembra que Jair Bolsonaro já tinha errado em 2022, sendo “injusto com os políticos catarinenses ao impor a candidatura carioca de Jorge Seif Jr., apelidado de 6 pelo ex-presidente em alusão aos seus cinco filhos biológicos, para concorrer ao Senado”.
Enfim, o artigo de Marcelo Petrelli, que pode ser lido integralmente na página do ND+, mostra o quanto uma atitude mal pensada pelo ex-presidente pode fazer com que a direita catarinense perca espaço, ou até se divida de verdade, única e exclusivamente porque ele está pensando apenas no próprio umbigo.
Como diz o empresário, “o projeto nacional de Bolsonaro, que é legítimo, não pode se sobrepor à vontade dos catarinenses”. Importar um político que há 21 anos exerce cargo no Rio de Janeiro, não será nada bom para Santa Catarina.
Até porque, o Rio de Janeiro pode servir de “exemplo de fracasso das políticas públicas que não queremos para Santa Catarina”.
Como escreveu Petrelli, esperamos que o governador Jorginho Mello não se apequene diante de um movimento que, segundo o empresário, “mais parece chantagem partidária”, até porque Jorginho já tinha uma carreira política vitoriosa quando Bolsonaro surgiu.
Erra também a deputada federal Caroline de Toni, quando classificou de “bairrismo” rejeitar a candidatura de Carlos Bolsonaro. O eleitor catarinense já tinha aceitado a candidatura dela e isso prova que a deputada também pode se eleger senadora mesmo sem Bolsonaro do seu lado.
Precisamos de mais manifestações como a de Marcelo Petrelli para mostrar não só para Jair Bolsonaro, mas para todos os políticos que pensam em um dia usar Santa Catarina para um projeto pessoal que esse tiro pode sair pela culatra.
Então, como escreveu o empresário, “em Santa Catarina, o voto pode ser conservador, mas é, antes de tudo, livre e liberdade é incompatível com autoritarismo ou caciquismo político”.
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