Não é de hoje que os políticos de Blumenau vêm assinando contratos que, ao longo do tempo, se mostraram muito ruins para a população que geralmente acaba pagando a conta.
Assim foi quando Décio Lima (PT) decidiu dar o calote no ISSBLU, que acabou gerando uma dívida com o Instituto que hoje gira na casa dos R$ 312 milhões.
Depois foi a vez de João Paulo Kleinubing (PL), que assinou em 2010 um contrato com a então Foz do Brasil, que depois virou Odebrecht e hoje é a famigerada BRK.
Na época, o contrato previa que a Prefeitura de Blumenau deveria entregar 23,3% da rede de esgoto já implantada, mas acabou deixando apenas os 4,84% de rede que tinham sido feitos lá na administração do prefeito Renato Vianna (MDB).
Em seguida veio o prefeito Napoleão Bernardes (PSD), que em 2017 assinou o contrato da concessão do transporte coletivo com a Piracicabana, que hoje ainda atua na cidade com o nome de Blumob. Neste contrato, que só se soube tudo que tinha nele em 2023, a Prefeitura deveria pagar um valor para a empresa caso o sistema não tivesse passageiro suficiente para bancar o serviço e o lucro.
Na gestão de Mário Hildebrandt, foi implantado a nova Área Azul com vagas até na frente de estacionamento de lojas. Sem contar todos os aditivos que aprovou para a BRK, as pedaladas no ISSBLU, a subserviência que teve com a Blumob e os inúmeros escândalos no Samae.
Toda essa trajetória negativa dentro da Prefeitura de Blumenau contou com a aprovação da maioria dos vereadores que hoje ainda estão na Câmara.
E agora o prefeito Egídio Ferrari (PL) também decidiu empurrar com a barriga tudo isso e corroborou com o acordo que Hildebrandt fez com a Agir e com a BRK, dando um aumento na taxa do esgoto de 15,92% e permitindo que 40% da cidade pague um valor de R$ 472,80 para que essa empresa limpe a fossa através de caminhões.
Mas calma, pois a Câmara de Vereadores vai resolver tudo isso fazendo mais uma CPI que vai investigar tudo e mandar prender todo os culpados. Obviamente que é uma ironia, pois outras inúmeras CPIs já apareceram por lá e até hoje nada aconteceu.
Os paladinos da prosperidade dessa CPI serão os vereadores Bruno Cunha (Cidadania), Diego Nasato (Novo), Egídio Beckhauser (Republicanos), Flavio Linhares (PL) e Marcelo Lanzarin (PP), que ficarão responsáveis em achar uma saída para ajeitar todos os interesses num relatório com muitas folhas, mas com pouca solução.
Os vereadores até podem ficar descontentes com o que a população acha deles, pois sabemos que o legislativo também está dividido por causa da escolha da nova sede, onde pelo menos 7 dos 15 parlamentares não concordam com o lugar para onde o presidente Ito de Souza (PL) quer levar a Câmara de Blumenau.
Enfim, é muito faz de conta e todos esses erros e interessem acabaram deixando muito caro manter os políticos de Blumenau nos principais cargos. Só que a maioria do eleitor escolheu e agora teremos que esperar mais quatro anos para tentar mudar uma coisa que já tá enraizada no poder público local.
Veja o pronunciamento do vereador Adriano Pereira (PT):
Adicionar comentário