Não é de hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como seus principais opositores o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e (PL) e seus filhos, Eduardo (Deputado Federal por SP), Carlos (Vereador no RJ) e Flávio (Senador pelo RJ).
Mas ele sabe que a família Bolsonaro nada mais é do que aqueles que estão nesse jogo apenas para fazer o barulho enquanto outros dois políticos é que formatam as estratégias da direita contra a sua reeleição.
As duas principais lideranças do chamado Centrão, que conseguiram unir governadores, lideranças partidárias e empresários de todo o país, formando o grupo “Movimento Brasil”, são o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-governador Gilberto Kassab (PSD).
Kassab, que é o presidente nacional do PSD, ocupa um cargo no Governo de São Paulo e é quem tá direcionando as ações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para que crie asas e não depende só da onda bolsonarista para uma possível candidatura a presidente.
Se Tarcísio for o escolhido o nome da direita para o cenário nacional, Gilberto terá o caminho livre para ser o candidato a governador de São Paulo com o apoio de todos aqueles que estarão com Tarcísio na eleição pra presidente.
Já Michel Temer tem conversado com muitas lideranças, como o deputado federal Aécio Neves (PSDB), o próprio Kassab (PSD) e com governadores, como Romeo Zema (Novo), Eduardo Leite (PSD) e Jorginho Mello (PL), para definir as estratégias do futuro político nacional.
Há quem diga que Temer é aquele político que não se esperava mais nada, mas na verdade ele hoje está por trás das principais ações do Centrão. Comenta-se em Brasília que Temer desenha o futuro político do Brasil com régua e compasso longe do barulho e muito perto do poder.
Ele e Kassab foram os que definiram que fosse lançada as candidaturas de Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior (PSD) e Ronaldo Caiado (UB) a presidência para que se medisse a popularidade de cada um até o início do ano que vem. Em agosto, o Novo também vai lançar o nome do governador de Minas Gerais para ver como está o engajamento dele junto ao eleitor.
POSSÍVEIS ALIADOS
O Novo quer mesmo é a vaga de vice na chapa majoritária da direita e para isso pretende colocar Zema no cenário político nacional.
Outro político que já ensaia se aliar com a direita para disputar o governo do Ceará contra o PT é o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que sabe que não tem chances como candidato a presidente e buscou naqueles em que sempre atacou o refúgio, depois de ter sido escanteado por Lula.
Temer e Kassab estão tão alinhados que, tanto o MDB quanto o PSD, têm ministérios no Governo Federal porque Lula sabe que se abrir mão desses dois partidos, a sua administração perde o pouco de força que ainda tem no Congresso.
FÚRIA DO CONGRESSO
Só que este mesmo Congresso já não considera um grande absurdo um futuro pedido de impeachment do atual presidente. A interferência do STF na decisão dos deputados que cancelaram o decreto do IOF de Lula, o veto do presidente da República com a criação de mais 18 vagas para deputados federais e o bloqueio de emendas parlamentares feita pelo ministro Flávio Dino tem incomodado o Centrão e até parlamentares que hoje apoiam o governo.
Então, quem ainda segura o Governo vivo no Senado e principalmente na Câmara são as duas figuras políticas mais influentes do momento que sabem jogar o jogo de Brasília e saberão a hora de pular do Titanic que se transformou o Governo Federal.
Veja o pronunciamento de Michel Temer (MDB):





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