O vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara de Blumenau, vereador Diego Nasato (Novo), leu um documento na sessão desta quinta-feira, 28, que diz que o legislativo blumenauense notificou oficialmente a Prefeitura Municipal pela falta de repasses do duodécimo.
Segundo Nasato, desde janeiro a administração do prefeito Egídio Ferrari (PL) vem atrasando os repasses e o montante a receber pela Câmara até o início de agosto deste ano já chegou a R$ 16.267.666,09.
O duodécimo é o repasse mensais obrigatório do Poder Executivo ao Poder Legislativo para garantir a sua autonomia financeira e independência. Estes repasses correspondem a 1/12 (um duodécimo) do valor total orçado para o Legislativo, sendo aplicados para cobrir as despesas do órgão e o repasse deve ocorrer até o dia 20 de cada mês, com base na Lei Orçamentária Anual (LOA).
O vereador também informou que no início deste mês foi enviado para a Prefeitura uma primeira notificação. No dia 15 de agosto a Câmara deu um novo prazo para que a Prefeitura apresentasse uma solução definitiva, mas até esta quinta-feira o executivo ainda não tinha se manifestado.
Então, a direção do legislativo emitiu uma notificação terminativa que determina que os valores atrasados sejam pagos em até 15 dias corridos, ou seja, até o dia 10 de setembro de 2025.
Atualizados, os valores já somam 17.977.333,36. A Câmara de Blumenau também exige que a Prefeitura de Blumenau faça os repasses regularmente conforme determina a lei.
Caso não se cumpra a determinação enviada pela Câmara, o legislativo diz que irá tomar as devidas medidas legais junto ao poder judiciário. o vice-presidente da Câmara comentou que os atrasos já comprometem o custeio mensal da Casa e já coloca em risco o pagamento dos salários dos funcionários.
Na sua fala, o vereador Adriano Pereira (PT) disse que nos corredores do legislativo já se houve até a possibilidade de impeachment do prefeito pelo não cumprimento dos repasses.
O presidente do legislativo, vereador Ito de Souza (PL), disse que na semana passada teve que ir à Prefeitura “mendigar” ao R$ 1,2 milhão para poder pagar os salários. “Eu não vou responder na justiça, não vou me tornar inelegível por uma falta de um repasse de uma lei que prevê no orçamento”.





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