Candidatura ao Senado de Caroline de Toni sobe no telhado

Sabendo que dificilmente conseguirá ser o candidato a presidente do PL em 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que só vai divulgar quem vai apoiar para a disputa contra Lula no ano que vem depois do seu julgamento no STF, no dia 2 de setembro.

Mas para o PL de Santa Catarina o que realmente tá interessando é se Bolsonaro vai mesmo enfiar goela abaixo o seu filho e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, como candidato a senador pelo nosso Estado.

Na terça-feira, 26, Carlos Bolsonaro postou no “X”, em tom de ameaça, que não há impasse algum e se continuarem com essa indefinição, ele colocará tudo na mesa. Fala também que não vai adiantar intimidá-lo.

Valdemar Costa Neto, o presidente nacional do PL, também fez uma postagem esta semana botando panos quentes nesse assunto. Segundo ele, o candidato a presidente do seu partido continua sendo Jair Bolsonaro e sobre Carluxo, disse que o PL segue firma com a candidatura dele ao Senado por Santa Catarina ou por qualquer outro Estado.

Mas para o portal Metrópole, Valdemar disse que ele, Jair Bolsonaro e o governador Jorginho Mello querem o senador Esperidião Amin (PP). Quando perguntado sobre a possível candidatura ao Senado da deputada federal Caroline de Toni (PL), Valdemar falou que “a Carol é muito querida. Ela volta para deputada federal”.

Isso praticamente chancela a candidatura de senador de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina. Carlos poderia até ser candidato pelo Espírito Santo ou por Roraima, mas no Espírito Santo o senador Magno Malta (PL) quer lançar a sua filha, Magda, e o deputado federal Evair de Melo (PP) também disputa esse espaço. Então, Roraima fica como uma segunda opção caso Santa Catarina mostre nas pesquisas internas que realmente não quer o filho número 2 de Jair Bolsonaro.

Talvez isso só mude se Jair Bolsonaro ceder a vontade de Michelle Bolsonaro, que é a presidente nacional do PL Mulher, para evitar uma briga dentro da sua própria casa. É que Michelle já disse publicamente que a sua candidata ao Senado em Santa Catarina era Caroline de Toni. Só que Jorginho Mello não abre mão de dar uma das duas vagas ao Senado para um futuro aliado e é aí que entra Esperidião Amin.

Jorginho quer ter na sua coligação a Federação União Progressista (PP e União Brasil) e como eles já definiram que Amin é o nome ao Senado, não há outra alternativa senão tirar Carol de Toni do páreo.

A situação do governador de Santa Catarina não é fácil, pois trabalha para montar uma coligação forte com a maioria dos partidos do seu lado, mas enfrenta a ira da ala bolsonarista, que diz que o PL ganha a eleição de 2026 no Estado sozinho, como aconteceu em 2022, sem precisar se coligar com partidos que hoje estão com Lula, como o MDB, o Republicanos e o PP.

Vale lembrar que na eleição municipal de 2024, na cidade de São José, essa mesma ala bolsonarista conseguiu que o PL da candidata Adeliana Dal Pont perdesse a eleição para o atual prefeito Orvino de Ávila (PSD) só porque em 2020, durante a pandemia, Adeliana gravou um vídeo criticando as ações de Jair Bolsonaro.

Então, Jorginho Mello não pode brincar em serviço e vai ter que ter muito jogo de cintura para não sentir o que Adeliana sentiu, quando perdeu uma eleição ganha por causa do próprio partido.

E nessa conta Carlos Bolsonaro também pode ser uma pedra no sapato não só por dificultar as negociações políticas, mas também por ser um candidato ao senado sem qualquer tipo de controle, onde fala quando e o que bem entende.

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