A saúde é a bola da vez da disputa política entre PL e PT de Santa Catarina

A deputada federal Ana Paula Lima (PT) anunciou no mês de julho que conseguiu no Governo Federal o valor de R$ 30 milhões para que a Prefeitura de Blumenau construísse uma nova Policlínica na cidade.

A administração municipal diz ter enviado duas sugestões de terrenos (nos bairros Itoupava Seca e Salto do Norte) para a construção, mas que não foram aceitos pelo Governo Lula. Desde então, o impasse continua e agora surge uma nova alternativa.

Na semana passada a Prefeitura de Indaial formalizou junto ao Ministério da Saúde a indicação de um terreno para abrigar a Policlínica Regional, que poderá atender cerca de 800 mil habitantes do Médio Vale do Itajaí.

O terreno apresentado fica na rua Itu, no bairro Benedito, nas proximidades da escola Attela Jenichen. A deputada confirma que os R$ 30 milhões estão assegurados, mas lamenta que a administração de Blumenau não tenha se esforçado para assegurar a Policlínica na cidade.

Já a Prefeitura de Blumenau se defende, dizendo que “o objetivo desse projeto é a construção de uma unidade destinada a atender toda a região, e não apenas a cidade de Blumenau. Por essa razão, é possível que o espaço venha a ser localizado em outro município do Vale Europeu”.

A decisão final sobre onde a nova Policlínica será construída cabe agora ao Ministério da Saúde, que terá que fazer as avaliações técnicas para aceitar ou não o terreno de Indaial. O projeto visa atender os 14 municípios do Médio Vale, ampliando o acesso a serviços especializados de saúde na região.

No mês de agosto a Prefeitura de Blumenau emitiu uma nota dizendo que esses R$ 30 milhões seriam apenas para a construção da Policlínica, mas que precisaria das garantias do Governo Federal para mais recursos para manter o funcionamento, mas isso não foi mencionado pela deputada Ana Paula Lima e nem pelo Ministério da Saúde.

Blumenau já tem também um projeto de parceria com o Governo do Estado para que o Hospital Universitário da Furb possa fazer atendimento pelo SUS. A parceria contemplaria os atendimentos previstos para a Policlínica Regional, pronto atendimento, hospital cirúrgico, centro de diagnóstico por imagem, entre outros serviços.

Outro hospital que ficou no fogo cruzado da política polarizada foi o de Gaspar. No dia 1º de setembro o governador Jorginho Mello (PL) garantiu para a Prefeitura Municipal o valor de R$ 20 milhões para viabilizar a desapropriação do Hospital de Gaspar.

A administração gasparense também vai colocar mais R$ 7,5 milhões de recursos próprios para aquisição do imóvel para que o hospital seja incorporado ao patrimônio público municipal, melhorando a gestão e oferecendo novos serviços para a população.

Depois disso, será formalizado um termo de cooperação entre a Prefeitura de Gaspar e a Fundação Hospitalar de Blumenau (Hospital Santo Antônio), que assumirá a gestão da unidade.

Há mais de 20 anos que o Hospital de Gaspar enfrenta graves problemas financeiros, chegando a acumular uma dívida superior a R$ 40 milhões. Desde 2014 ele opera sob intervenção municipal para evitar a interrupção dos serviços. Mesmo com avanços na gestão, como redução de débitos, pagamento de impostos e manutenção dos atendimentos, o déficit persiste. Atualmente, a Prefeitura destina cerca de R$ 5 milhões por mês para manter os serviços ativos, mas diz que esse modelo é considerado insustentável a longo prazo.

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