Depois que o prefeito de Blumenau, Egídio Ferrari (PL), assinou, em abril deste ano, o 5º aditivo do contrato de concessão do sistema de esgoto sanitário de Blumenau, a Câmara de Vereadores decidiu convocar uma CPI para investigar tudo desde 2010.
Ouviram o pessoal do Samae, os representantes da Agir, o pessoal da OAB de Blumenau e até o gerente da BRK Ambiental.
Até aí, todo mundo pensava que essa CPI ia realmente descobrir tudo o que aconteceu e que ia realmente responsabilizar todo mundo que, direta ou indiretamente, contribuiu para tantos aumentos e pouca efetividade do sistema.
Mas aí veio o depoimento de André Espezim, ex-diretor-presidente do Samae, que, ironicamente, não lembrou de nada e disse que a responsabilidade era de quem assinou o 5º aditivo.
Vendo a bomba cair no próprio colo, o prefeito Egídio Ferrari (PL) acabou revogando o famigerado 5º aditivo. A partir daí, parece que todos se acertaram e coube a inteligência e liderança do ex-prefeito João Paulo Kleinubing (sem partido) arrumar o verdadeiro culpado.
Depois do depoimento dele na CPI da Câmara, toda a culpa caiu no colo do CNPJ da Funasa e a partir daí a CPI morreu e virou um mero instrumento de chancela de um contrato que vai andar até 2064 com o seu desequilíbrio financeiro.
Na última sexta-feira, 3, quem depôs foi o deputado estadual e ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSD), que acabou indo na mesma linha de Kleinubing e inclusive sugeriu que o município judicialize os convênios revogados pela Funasa para que num futuro distante a cidade receba de volta o prejuízo criado pelo Governo Lula.
Então, entre mortos e feridos, se salvaram todos e caberá agora a empresa MFC Avaliação e Gestão de Ativos Ltda, contratada pela CPI por R$ 313,6 mil para fazer consultoria e revisão tarifária do contrato, dizer o que deve ser feito daqui para frente e deixar um manual do que não fazer nos contratos futuros.
Para quem esperava ver o ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL) ou o prefeito Egídio Ferrari (PL) depor na CPI, vai ter que se contentar com o economista da Agir, Ademir Manoel Gonçalves; a assessora jurídica da agência, Maria de Fátima Martins; o assessor jurídico da Agir, Luciano Gabriel Henning; e o presidente da Comissão de Acompanhamento do Contrato de Concessão do Samae, Leandro Henrique de Souza.





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