O presidente estadual do PSB catarinense, Níkolas Bottós, esteve na rádio Jovem Pan Florianópolis na segunda-feira, 6, conversando com o jornalista Emanuel Soares e disse que o seu partido pretende lançar um candidato a governador em 2026.
Bottós, que é ligado ao vice-presidente as República, Geraldo Alckmin (PSB), desde 2006, quando ambos ainda estavam no PSDB, já conversou com membros do PT para uma futura aliança, tanto no campo nacional quanto no estadual, onde ambos já planejam uma composição para a criação de uma frente ampla de centro-esquerda.
Em 2022, o PSB de Santa Catarina fez pouco mais de 22 mil votos só de legenda e o atual presidente pensa em levar essa representatividade para a mesa de negociação.
Na conversa que teve com o presidente do PT de Santa Catarina, deputado estadual Fabiano da Luz, Níkolas falou que não há impedimentos para que os dois partidos repliquem a aliança nacional por aqui também. Mas a intenção é trazer os outros partidos de esquerda para integrar essa frente, evitando o que aconteceu em 2022, onde o PDT também lançou candidato e o Psol não quis participar da coligação.
Para cargos proporcionais, Bottós diz que o PSB tem o ex-deputado estadual e ex-prefeito de São José, Djalma Berger; o ex-prefeito de Rio do Sul, Jaílson Lima; o joinvilense Rodrigo Bornholdt e o superintendente da Pesca do Governo Federal em Santa Catarina, Jean Ricardo Antunes. Esses nomes já estariam mapeados para a eleição do ano que vem.
Mas o foco principal são os cargos da majoritária onde, segundo Níkolas, o PSB quer ter um representante como governador ou a senador. A intenção é fortalecer o partido em Santa Catarina e dar palanque para a reeleição da chapa Lula e Alckmin em 2026.
Segundo o presidente estadual do PSB, as tratativas ainda devem demorar um pouco, pois ele assumiu o partido há uma semana e está tratando primeiro das questões burocráticas, como o aluguem de uma sede em Florianópolis.
DIVIDIR A DIREITA
Segundo Níkolas Bottós, será muito difícil haver a composição do governador Jorginho Mello (PL), que vai buscar a reeleição, com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD).
Diante disso, mesmo fazendo parte de uma coligação de centro-esquerda, o PSB pensa em lançar um nome que tenha penetração na faixa de centro-direita para forçar um segundo turno em Santa Catarina.

Ele comentou que essa estratégia pode sim favorecer João Rodrigues, mas que também pode colocar novamente um candidato da esquerda nessa disputa, já que nem Jorginho e nem João Rodrigues tiram votos da esquerda.
É fato que o Palácio do Planalto quer mesmo é ver a derrota de Jorginho Mello na eleição de 2026 em Santa Catarina e não se incomodaria em ter o prefeito de Chapecó como o novo governador.
A especulação que continua rondando o PSB é que o ex-senador Paulo Bauer, que em 2025 se desfiliou do PSDB, se filie no partido no início de 2026 para ser o candidato a governador de uma ampla aliança arquitetada por Geraldo Alckmin.
O vice-presidente é amigo de longa data de Bauer e vê no ex-tucano um nome com capacidade de buscar alguns votos da direita, pois ainda tem prestígio político no Estado e é um político que ainda tem voto, apesar de um tempo afastado das urnas.
Se realmente Paulo Bauer for o candidato a governador da esquerda, o presidente nacional do Sebrae, Décio Lima (PT), muito provavelmente disputaria uma das duas vagas ao Senado.





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