A sessão da Câmara de Blumenau da última terça-feira, 14, começou com a presença dos 15 vereadores, mas com o passar do tempo, parlamentares da base do governo do prefeito Egídio Ferrari (PL) foram pedindo dispensa para participarem do ato de assinatura da ordem de serviço para ampliação do CEI Emilia Piske, na Fortaleza alta, que tinha sido agendado para as 17 horas, confrontando com o horário da sessão da Câmara.
É sabido da existência de uma queda de braço entre o prefeito Egídio e o presidente da Câmara, vereador Ito de Souza (PL). Diante desse fato, comenta-se que o prefeito de Blumenau tenha agendado o evento justamente no horário da sessão do legislativo para mostrar que o seu governo tem a maioria dos votos na casa.
Antes de uma das falas do vereador Bruno Cunha (Cidadania), pode-se ouvir na transmissão da sessão o vereador Ito de Souza falar “como é bom sair do governo. Aí começa a bater…”.
No mês de agosto deste ano o vereador Ito viu 13 indicados seus serem exonerados pelo prefeito de Blumenau. Em outubro foi a vez do vereador Bruno Cunha, que votou contra o parcelamento da dívida da Prefeitura com o ISSBLU, e viu seus indicados no Pró-Família também serem exonerados por Egídio Ferrari.
Na sua fala, Cunha disse que “todo mundo sabe que nós tivemos uma sessão muito conturbada na quinta-feira e que as nossas posturas aqui fazem parte do jogo político, quando a gente faz determinados votos, elas têm consequências, tem resultados. Isso é do jogo político”.
Num pedido de aparte, o vereador Ito de Souza falou que “o que o senhor tá passando eu já passei por duas oportunidades… mas o importante que o senhor demonstrou o seguinte na votação de quinta-feira. Seu voto não foi combinado, seu voto não foi combinado. Combinaram ali com alguns ali, mas o seu voto não foi combinado. Então, acho que o senhor não merecia uma punição, o senhor votou pelo servidor público”.
O presidente da Câmara completou o seu aparte dizendo que “faz parte do jogo, seja bem-vindo ao outro lado”.
A DEBANDADA
Depois disso, alguns vereadores pediram dispensa da sessão para acompanhar o ato da Prefeitura de Blumenau. Então, Ito falou que o governo deveria avaliar essas situações e que a solenidade não deveria ter sido feita em horário da sessão por uma questão de respeito.
Num outro aparte, o vereador Gilson de Souza falou que “eu vou dizer que eu tô odiando esse governo porque eles tão conseguindo fazer o que eu menos queria, que é sentir saudade do governo anterior, que é do Mário, que eu tinha várias críticas”.
Gilson completou dizendo que “mas ele tá conseguindo ser pior, eles estão conseguindo ser pior… é ridículo a posição e o trabalho que esse governo tá fazendo. Haja visto não consegue ter uma base mínima né… ninguém acredita nesse governo. Tirando o líder do governo, que eu não sei de onde é que ele tira, que ele acredita, o resto não acredita mesmo”.
Vamos ver agora como a Câmara de Vereadores de Blumenau vai se portar diante de tudo que vem acontecendo na política da cidade, pois a queda de braço continua e o resultado dessa briga vai estourar, mais uma vez, no colo do morador de Blumenau.
Veja como foi a sessão de terça-feira:





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