Dois “amigos” que vão discutir as estratégias para a eleição de 2026

Com a autorização do ministro do STF, Alexandre de Moraes, o governador Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, foi para Brasília nesta quarta-feira, 22, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão cautelar. Não se sabe se o dia 22 foi estratégico ou se foi uma coincidência.

A reunião acontece hoje, por volta das 14 horas, e deve durar cerca de duas horas. O prato principal deve ser a segunda vaga ao Senado na coligação de reeleição do governador.

No páreo, a deputada federal Caroline de Toni (PL) e o senador Esperidião Amin (PP). Ambos já estiveram com Jair Bolsonaro em encontros anteriores e Carol de Toni saiu de lá mais otimista.

Mas Jorginho quer Esperidião Amin fazendo dobradinha com Carlos Bolsonaro e a solução para não deixar Carol de fora dessa, é ela ir disputar o Senado pelo Republicanos, coisa que ela já disse que não é a sua primeira opção.

Recentemente, Carol gravou vídeo dando boas-vindas à Carlos Bolsonaro, dando sinais que ambos estão unidos e confiantes numa dobradinha em 2026.

Mas nesse encontro Jorginho Mello também deve costurar o apoio exclusivo de Bolsonaro aqui em Santa Catarina. Tudo porque o ex-presidente é mais amigo de João rodrigues do que de Jorginho e isso pode fazer com que Jair Bolsonaro não queira desprestigiar o amigo de Chapecó.

Não se sabe como estará o caso do ex-presidente durante a eleição de 2026, mas ele pode viver a mesma situação que viveu o ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), durante a eleição de 2024.

Salvaro tinha sito preso, foi solto, e tinha restrições de conduta no apoio ao seu candidato Vaguinho Espíndola (PSD) em Criciúma. Mesmo sem aparecer, ele foi a figura mais importante daquela eleição na sua cidade e acabou elegendo o atual prefeito, que disputou o pleito contra Ricardo Guidi (PL), contra a máquina do Governo do Estado e contra o próprio Jorginho Mello.

Mas o que Jorginho Mello quer mesmo de Jair Bolsonaro é que ele freie o ímpeto da ala bolsonarista do PL catarinense, que força a candidatura ao senado da deputada Carol de Toni. A pressão vem porque a ala radical entende que, tanto o MDB, que terá a vaga de vice, quanto o PP de Esperidião Amin são da base do governo Lula e querem eleger os seus na aba do 22 e de Jair Bolsonaro.

Enfim, o governador dia que será um encontro de amigos, mas sabemos muito bem que amigos amigos, negócios a parte, e esses negócios envolvem deixar o governador por mais 4 anos na Casa D´Agronômica.

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