Presidenciáveis estão de olho na eleição de 2030 pra escapar da polarização

No último domingo, 19, o ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, e o presidente estadual do partido naquele Estado, Ozires Pontes, anunciaram que Ciro Gomes irá se filiar no partido. Ciro já tinha comunicado na semana passada que tinha deixado o PDT.

A assinatura da ficha para o ingresso no ninho tucano vai acontecer na quarta-feira, 22, numa cerimônia num hotel de Fortaleza. Embora tenha acenado com uma aposentadoria da política depois do resultado nas eleições de 2022, é muito provável que ele vá para o PSDB para disputar o governo do Ceará, mas não descarta ser o candidato a presidente do partido.

Ciro já fez parte do PSDB na década de 1990, quando se elegeu governador do Ceará pelo partido. Em 2022 pelo PDT, Ciro conseguiu apenas 3% dos votos na eleição presidencial, seu pior resultado, e a representação do PDT na Câmara caiu para 17 deputados, também um recorde negativo para o partido naquele ano.

Só que a maioria dos presidenciáveis não estão de olho na eleição de 2026, mas sim a de 2030. Tudo porque, a eleição de 2030 não terá Lula (PT) como candidato, já que ele vai buscar a reeleição no ano que vem, e muito provavelmente não terá também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por conta das condenações que pode tirar seus direitos políticos.

Então, muitos interessados no cargo de presidente da República, como o próprio Ciro, Aécio Neves e até o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), devem buscar essa vaga mais para frente para escapar da polarização.

Essa situação só mudará caso a oposição vença a eleição de 2026 e aí partidos como o PSDB terão que recalcular a rota e ver como será a possível noda administração. Para 2026, o PL ainda trabalha com o nome de Jair Bolsonaro, mas é mais provável que apoie o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele mude de ideia e aceite a candidatura a presidente.

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