Na semana passada o governador Jorginho Mello (PL) disse que o seu vice será do MDB. No sábado, 25, na festa de aniversário do MDB, ele falou que o seu vice virá do Norte do Estado.
Bem, o presidente do MDB, Carlos Chiodini, tem sua base eleitoral em Jaraguá do Sul, mas em 2024 foi candidato a prefeito em Itajaí e já se colocou a disposição do partido para ser o vice de Jorginho.
Só que outros dois nomes também entraram nessa disputa. Um é o deputado estadual Antídio Lunelli, que também é de Jaraguá do Sul, e a senadora Ivete Appel da Silveira, que é de Joinville.
Por ser mulher e por ter uma parceria com Jorginho Mello desde 2018, Ivete tem mais chance de ficar com o posto, mas Chiodini não vai desistir tão facilmente.
Para o Senado, Carlos Bolsonaro (PL) já garantiu uma das vagas e o senador Esperidião Amin (PP) é o preferido do governador para a segunda vaga. O problema é onde colocar Caroline de Toni, que disse que vai ser candidata ao Senado independente de ser ou não a escolhida de Jorginho.
Outro problema do governador é o que ele daria para o União Brasil para ficar com a Federação União Progressista. Teria que se comprometer com Fábio Schiochet, presidente estadual do União Brasil, antes mesmo de saber se vai vencer a eleição, em dar algumas secretarias do Governo do Estado para o partido.
Mas há um ano Jorginho Mello corteja o prefeito de Joinville, Adriano Silva, para ter também o partido Novo na sua coligação. Só que o Novo já lançou o deputado federal Gilson Marques como candidato a senador e aí ficaria difícil acomodar o partido nessa engenharia.
Só que o partido Novo precisa fazer arte de uma coligação forte em 2026 para eleger um bom número de deputados federais para voltar a receber o Fundo eleitoral e ter tempo de TV nas próximas eleições municipais.
Fato é que o governador de Santa Catarina vai ter que ter muita habilidade para montar essa estrutura que já abriga muitos pré-candidatos a deputado estadual e federal. Se conseguir a sua reeleição, o seu próximo governo já nascerá muito fatiado e provavelmente a briga maior será pela candidatura a governador na eleição de 2030, quando Jorginho não poderá mais ser candidato e muito provavelmente deverá buscar o retorno a Brasília como candidato a senador.
Mas até lá, muita água passará debaixo dessa ponte e um certo prefeito de Chapecó poderá desmanchar todo esse castelo de interesses, que a cada dia que passa fica maior e mais pesado.





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