O crime organizado está pautando a eleição nacional de 2026

Nesta semana os governadores do sul, sudeste e centro-oeste conversaram sobre a operação feita pela polícia fluminense nos morros da cidade do Rio de Janeiro. Todos entendem que o Governo Federal, aos poucos, está afrouxando a repressão desses grupos criminosos que, em vários estados, já financia a classe política nas corridas eleitorais.

Em 2023 o Governo Lula convidou todos os 27 governadores para uma reunião para discutir medidas de segurança pública. Claro que já era com a intenção de implantar a sua visão de que o criminoso também é vítima, como disse há alguns dias o presidente Lula.

Ricardo Lewandowski, o ministro da Justiça, é o maior entusiasta das audiências de custódia, onde o detido, seja por qual crime for, passa por um tribunal e na maioria das vezes acaba respondendo a acusação em liberdade.

E esse tipo de lei é que faz com que as facções criminosas se fortaleçam e fiquem cada vez mais organizadas e infiltradas nos governos, como também acontece no Rio de Janeiro. Segundo o ex-governador fluminense, Anthony Garotinho, o governo do Rio ajudou o Comando Vermelho a recuperar cerca de 30% do território perdido no Estado nos últimos dois anos.

Na Bahia e no Ceará essas facções criminosas já comandam várias cidades do interior e determinam tudo o que acontece na vida dos moradores. Ciro Gomes relatou que em cidades do Ceará, a Polícia Militar do Estado está oferecendo caminhonetes para fazer a mudança daquelas famílias que foram expulsas de suas casas por estas facções ao invés de reprimi-las.

Em um outro relato, o ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel, falou numa entrevista que essas facções espalhadas pelo Brasil já estão usando as barricadas para delimitar territórios, mostrando para a população que, da barricada para dentro, o controle não é mais do Estado.

O mais preocupante é que Pimentel afirmou que uma dessas cidades do Brasil que isso já acontece é Florianópolis.

Então, a pergunta que fica é como o governador Jorginho Mello (PL) coloca as forças policiais a serviço do Estado fluminense se por aqui já tem catarinense vivendo sob o comando de bandidos?

Quando a comunicação do Governo de Santa Catarina diz que a Polícia Civil e Militar está monitorando os criminosos do Rio de Janeiro para que eles não venham para cá, tem que dizer também o que farão contra aqueles que já se instalaram por aqui.

Não falta muito para que nos tornemos um México misturado com uma Venezuela, onde o crime manda no Estado e a população vive, em sua maioria, com a esmola do governo.

O que precisamos, de fato, é a ação efetiva dos governadores sem que eles vejam esse momento como uma oportunidade de apenas ganhar holofote pensando na eleição do ano que vem. Se deixarem passar mais uma oportunidade de reprimir de verdade o crime organizado, dentro de pouco tempo eles não terão mais força para segurar esse monstro que já se instalou em Brasília.

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