Não é de hoje que o PL de Santa Catarina cria seus próprios problemas. Na eleição municipal de 2024, o PL fez questão de defenestrar a candidatura da ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, que foi a escolhida por Jorginho Mello, só porque ela gravou um vídeo em 2020 criticando a condução do ex-presidente Jair Bolsonaro na pandemia da Covid-19.
A bola da vez é a candidatura ao Senado da deputada federal Caroline de Toni. De novo, o ex-presidente Jair Bolsonaro enfiou goela abaixo o filho e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, como candidato a senador aqui em Santa Catarina.
Jorginho Mello já tinha prometido essa vaga para Carol de Toni, mas ele também queria Esperidião Amin por causa do tempo de TV e o Fundo Eleitoral da Federação União Progressista.
Mas agora, só vai poder escolher um dos dois e, ao que tudo indica, Caroline de Toni é quem terá que buscar outro caminho.
Então, De Toni deu uma entrevista numa rádio de Xanxerê jogando a culpa toda no governador que não vai cumprir a promessa feita. Em seguida, a comunicação do Governo do Estado teve que criar uma narrativa para atenuar o quadro negativo.
A estratégia agora é jogar toda a culpa em Jair Bolsonaro que, segundo a parte do PL catarinense ligada a Jorginho, foi quem se intrometeu na construção da chapa de reeleição do governador.
Carlos Bolsonaro não gostou nada desse discurso e armou a artilharia contra membros do partido, como o próprio Jorginho Mello e a deputada estadual Ana Campagnolo.
O problema é que Jorginho ouviu de Jair Bolsonaro que ele iria apoiar para o Senado em Santa Catarina o filho Carlos e a deputada Carol de Toni. Então Amin fica mesmo na conta do governador, que não acredita na vitória do partido com chapa pura, como quer a ala bolsonarista catarinense.
VAI SAIR DO PL
Jorginho foi no domingo, 2, para Xanxerê para conversar com Carol de Toni, que ouviu que no PL realmente não tem espaço para ela. Mesmo antes dessa reunião, as críticas a Carlos Bolsonaro se intensificaram e os liberais ligado a ele já comentam que Jorginho articulou com Carol de Toni e Ana Campagnolo para que se jogue a culpa em Carlos por ele não poder manter a deputada federal no PL.
Essa disputa realmente dividiu o PL de Santa Catarina, pois agora temos o time pró-Carol de Toni, que tem políticos como Ana Campagnolo e a vereadora de Florianópolis, Manu Vieira, e o time pró-Carlos Bolsonaro, que tem os deputados estaduais Jessé Lopes e Alex Brasil, o federal Daniel Freitas e o senador Jorge Seif.
De concreto mesmo é que Carol de Toni já conversa com outros partidos, entre eles o Novo e o União Brasil, e deve mesmo deixar o PL. Só não se sabe se ela vai continuar apoiando Jorginho Mello, já que o Novo pode ir para a coligação de João Rodrigues (PSD).
Para onde ela for, vai levar o apoio de uma legião de prefeitos do PL que estão engajados em elegê-la como senadora em 2026. Como Jorginho Mello vai dormir com um barulho desse?





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