Com a relatoria do ministro André Mendonça, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pautou para as 19 horas desta terça-feira, 4, análise do processo de criação do partido “Missão”, ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre).
Para que o “Missão” possa ter candidatos em 2026, é preciso que o seu Estatuto seja registrado até seis meses antes da eleição. O registro no TSE também garante o acesso a recursos do Fundo Partidário e à propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão.
A ideia de virar partido surge com quase 600 mil assinaturas, onde os integrantes do MBL entenderam que ficar refém dos partidos que criticavam para poderem disputar eleições não era mais possível.
O MBL nasceu nas ruas em 2014 nas manifestações contra o governo de Dilma Rousseff (PT). Para as lideranças, um discurso sem estrutura própria é somente um eco. Eles querem autonomia para decidir e tem a intenção de transformar seus seguidores em voto e a militância digital em estrutura real.
Representando um eleitor liberal-conservador, o “Missão”, segundo membros do MBL, surge para ocupar o espaço deixado pelo bolsonarismo e pela direita tradicional.
O MBL sabe que tem na sociedade uma imagem arrogante, mas com a criação do novo partido, querem deixar de serem vistos como apenas um grupo de internautas para representarem aqueles que hoje não estão nas bolhas da polarização.
Antes de pedir o registro do novo partido, o MBL trabalhou para recrutar diretórios, buscar as assinaturas e redirecionar a sua imagem perante a opinião pública.
Mas nem tudo são flores, pois o MBL sabe que ainda está muito dependente da bolha digital e precisa ter representantes nos municípios que realmente levam a ideia para as ruas, criando uma estrutura real de base.
Se não conseguirem, tudo não vai passar de mais um partido barulhento sem expressão. Mas eles querem converter a indignação nacional em narrativa para transformar tudo isso em voto em 2026.
O fato é que o MBL amadureceu e entendeu que protesto sem discurso claro, sem partido e sem poder é apenas mais uma onda que vem e passa.





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