Que fim levou a CPI do Samae na Câmara de Blumenau?

Depois de muitos problemas internos, várias investigações policiais e a prisão de cinco pessoas, entre funcionários e empresários, por um suposto esquema de favorecimento em licitação e desvio de dinheiro público, no dia 6 de setembro de 2023 os 15 vereadores de Blumenau propuseram uma CPI para investigar tudo que vinha acontecendo na autarquia.

Mais de dois meses depois, no dia 13 de novembro, a Câmara Municipal, enfim, oficializou a CPI e escolheu os vereadores Jovino Cardoso Neto (Solidariedade), João Beltrame (Podemos) e Cezar Campesatto (UB) para fazerem parte da comissão que tocará os trabalhos.

Desde lá os três membros do legislativo, que são da base do governo de Mário Hildebrandt (Podemos), nada fizeram e até hoje não se sabe o que será dessa CPI, onde a maioria já vislumbra que ela deva acabar mesmo nas mãos de um pizzaiolo.

Os vereadores Gilson de Souza (Patriota) e Emmanuel Tuca dos Santos (Novo) entraram com um projeto de lei que pede desconto na tarifa do Samae proporcional ao número dias que o morador de Blumenau não teve água na residência.

Já o vereador Carlos Wagner “Alemão” (UB) apresentou um requerimento pedindo que seja feito uma audiência pública para discutir com a população os problemas no Samae.

O atual diretor-presidente do Samae, André Espezim, já disse que o problema da autarquia não é falta de dinheiro, mas a pergunta que fica é porquê teve tanta obra emergencial em tão pouco tempo e ainda assim há a falta de água na cidade?

Hoje muitos reservatórios do Samae estão precisando de manutenção, há muitos vazamentos de rede em várias ruas e a perda de água tratada do Samae já bateu o patamar de 50%, ou seja, metade da água que a autarquia trata em Blumenau é desperdiçada sem que se tome uma atitude rápida.

Mas voltando aos trabalhos dos vereadores na CPI, não há nenhuma informação que ela está caminhando, mas os vereadores da base do governo na Câmara Municipal já trabalharam com rapidez para aumentar os salários para a próxima legislatura, para aprovar a criação de mais um cargo nos gabinetes com salário de pouco mais de R$ 7 mil, criaram o 13º salário para os vereadores, aumentaram o vale-alimentação e ganharam um plano de saúde.

Enfim, cabe agora ao eleitor dar a resposta do que quer para os próximos quatro anos, pois é o munícipe que paga essa conta e merece um pouco mais de respeito.

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