Passado o período de troca de partido e novas filiações partidárias, pode-se perceber que quem tem mandato eletivo usou e abusou da influência da administração pública para conseguir buscar outros prefeitos, secretários, vereadores e candidatos puxadores de voto.
Muitos dos pré-candidatos também negociaram alto para garantir a sua filiação em algum partido em troca do prestígio e força das administrações para aumentarem a chance de vitória na eleição.
A máquina não é usada apenas para filiar novos nomes nos partidos, mas o grande número de Audiências Públicas para discutir qualquer tipo de assunto também se transformou em uma ferramenta só para fazer político aparecer nas comunidades.
Desde a metade de 2023, Câmaras de Vereadores passaram a se interessar por tudo e por todos, fazendo reuniões principalmente em bairros e regiões onde os comandantes das casas tiveram menos votos na eleição passada.
Esses instrumentos são usados por candidatos forjados ao oportunismo, que querem apenas o cargo sem terem algo concreto para oferecer. A própria chancela do bolsonaristas vai estampar o peito de muita gente que sequer segue qualquer preceito defendido por Jair Bolsonaro.
Teremos aqueles que vão sair gritando “Deus, pátria e família” sem ter a mínima noção do que isso representa realmente.
Sem contar aqueles que vão montar uma foto ao lado do ex-presidente, garantindo que são de extrema direita, defensores da família e dos bons costumes, mas que em eleições anteriores estavam em coligações que lutaram contra o 17 em 2018 e contra o 22 em 2022.
Fato é que o eleitor tem que parar de votar em candidatos com bandeiras vazias, que muitas vezes não trazem resultado prático para a vida da população e quando perdem, ganham como prêmio cargos em secretarias ou diretorias de governos.
O catarinense tem de deixar claro para os detentores de cargos, seja ele quem for, que a máquina pública não pode ser usada para fortalecer time partidário nenhum e não pode servir candidatos em época de eleição.
Eleição não é balcão de negócio e candidato tem que ter proposta, tem que querer colocá-las em prática e não pode se entregar ao clientelismo. Essa é a fórmula, pois o resto é pura perfumaria que custa muito caro no bolso do brasileiro.
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