No domingo de manhã o governador Jorginho Mello (PL) transmitiu na Casa D´Agronômica o cargo para o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Mauro de Nadal (MDB), que vai comandar o governo até o próximo domingo, 14.
Durante toda a semana, o governador Jorginho Mello vai, com empresários, secretários de estado e deputados, para Portugal em busca de oportunidades de negócios. Já a vice-governadora Marilisa Boehm (PL) também vai para o Uruguai conversar com investidores para a área da educação.
Mas esse gesto de deixar Mauro de Nadal assumir é o primeiro passo de uma reaproximação com o MDB, depois de dar ao partido a secretaria de Infraestrutura, mas somente podendo indicar o secretário.
Jorginho, que é o presidente estadual do PL, já conseguiu pegar o comando do Republicanos em Santa Catarina, que antes era do ex-governador Carlos Moisés e agora está nas mãos do ex-liberal Jorge Goetten e do seu irmão, José Agostinho Mello.
O governador do Estado não quer permitir que o PSD crie musculatura e como o MDB tem uma boa relação com o partido de João Rodrigues, ele já tem ações previstas para trazem também o MDB para o seu lado.
O deputado estadual Ivan Naatz (PL) deve apresentar nos próximos dias um projeto de Resolução que quer permitir que o presidente da Alesc possa ser reeleito por mais um mandato, o que iria beneficiar justamente o governador interino Mauro de Nadal.
Para protocolar a Resolução Naatz vai precisar de 14 assinaturas de deputados estaduais, mas provavelmente já há o número suficiente na Alesc, já que o PL tem 12 deputados e o MDB tem 6.
Outro gesto que Jorginho pode fazer ainda em 2024 é dar mais uma secretaria para os emedebistas, coisa que o partido já solicitou no início deste ano por entender que, sendo a segunda maior bancada, ajuda muito o Governo a aprovar os projetos mais importantes.
O governador de Santa Catarina trabalhou muito para levar para o PL muitos daqueles que inclusive faziam oposição ao seu governo e não eram vistos como bolsonaristas.
Agora ele trabalha para se aproximar de partidos que antes pareciam distantes. Jorginho pensa sim na vitória da maioria das cidades nas eleições municipais, mas a razão principal de toda essa movimentação é garantir uma reeleição sem susto em 2026 para, quem sabe, representar Santa Catarina numa eleição nacional em 2030.
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